Distrito de Resende
No passado, a Capelinha foi pouso das tropas que vinham do Sul de Minas Gerais para Resende trazendo suas mercadorias para vender
na cidade. A história da Cepelinha do Pirapitinga se confunde com a trajetória de um verdadeiro clã, constituído pelas famílias
Menandro, Lopes Salgado e Whately. Elias Birbeire conta em seu livro "Capelinha de todos os tempos", de 1992, que seus avós vieram
da região de Conservatória e chegaram na Capelinha por volta de 1887, um pouco antes da instalação da primeira tentativa de
colonização do vale do Rio Preto - iniciada em 1889 e que, no final de 1890, foi dada como fracassada. Segundo Elias, os seus
antepassados "escolheram a Capelinha por considerarem o local um ponto estratégico: a última etapa do caminho em direção a Mauá,
antes da subida da serra". Até hoje existe uma placa que diz "Capelinha - parada quase obrigatória".
Entre 1908 e 1916, houve uma segunda tentativa de colonização no Rio Preto, com a criação do Núcleo Colonial Visconde de Mauá
e a vinda de imigrantes alemães e suíços para trabalharem na produção de alimentos. Nesta época, a Capelinha alcançou um grande
desenvolvimento, porém, com o fracasso da empreitada no alto da serra e suspensão de todo o apoio oficial, os imigrantes, que
insistiram em permanecer no local, dedicaram-se ao turismo. Hoje, a localidade de Capelinha é de fato um ponto obrigatório de
passagem para quem vai para a região de Visconde de Mauá. Situada a 20 km do centro urbano de Resende, é uma área típica de pecuária
leiteira, com a peculiaridade de ser muito frequentada por ciclistas e praticantes de vôo livre, especialmente os pilotos de
parapente, que organizam a tradicional Copa ZOAR.